Quando pensamos em ter o nosso próprio negócio imaginamos todas as coisas positivas que ele nos poderá trazer tais como a independência financeira, o facto de termos as nossas próprias horas de trabalho e não sermos obrigados a aturar um chefe que nos indique constantemente o que temos que fazer e como devemos fazê-lo. Tudo parece perfeito, até surgirem as primeiras contrariedades.

Ter o seu próprio negócio realmente é uma bênção que poucos conseguem atingir, pois sentimo-nos senhores do nosso próprio futuro, comandando todas as decisões que tomamos. Trabalhar por conta própria inclui, entre outras coisas:

  • Poder organizar o seu tempo da forma que quiser. Obviamente estará sempre condicionado pelas pessoas que vende o seu produto. No entanto, poderá gerir o seu tempo da forma que melhor lhe convier, sem ter ninguém que diga directamente o que terá que fazer.
  • Pode escolher os ganhos que deseja alcançar. Se é trabalhador de uma empresa serão eles que definem quanto irá ganhar e quanto vai ser aumentado, calculando o seu salário de uma forma quase independente dos lucros que gerar.
  • Terá a capacidade de definir objectivos a curto e a longo prazo, podendo planear de que forma quer que a sua empresa evolua. Sendo você um empregado, os directores da empresa é que decidiram para onde a empresa deve caminhar, mesmo que esse caminho não seja o mais correcto na sua opinião.
  • Se a criar o seu próprio negócio a empresa irá crescer com o seu nome associado, abrindo desta forma oportunidade para outros projectos. Já se for trabalhador de uma empresa ou entidade as suas conquistas poderão ser “camufladas” por dirigentes de nível superior, que acabam por ficar com os créditos das suas ideias.

Então, por que nem todos trabalham por conta própria?

Não é por acaso que a maioria das pessoas falha quando tenta lançar-se no mercado de trabalho por sua conta e risco. Ter o seu próprio negócio exige dedicação, disciplina pessoal, um estudo constante sobre o mercado onde está a actuar, sacrifícios de ordem pessoal, entre outras coisas. Conseguir vencer nesta área é uma tarefa muito complicada, diria até impossível para a maioria das pessoas, que se sentem frustradas em trabalhar às ordens de um patrão mas que definitivamente falham quando chega o momento de terem o seu próprio negócio.

No artigo de hoje vou lhe dar a conhecer os 5 maiores erros de quem trabalha por conta própria para que consiga identificá-los, de forma a não cair nos erros mais comuns, que muitas vezes são cruéis e implacáveis, levando o investidor a deixar de acreditar no seu projecto.

1. Não acrescentar valor ao mercado

O mundo actual avança de uma forma muito rápida, deixando pouca margem de manobra para que as pessoas percam tempo a ver sites, a ler revistas ou a ver programas televisivos que pouco interessam, que não acrescentam nada de novo às suas vidas. Se você for criar mais do mesmo que já existe, esqueça. As pessoas querem algo de novo, algo diferente que possa fazer com que reparem no que está a acontecer. Inventar a roda outra vez do mesmo modo que todas as pessoas o fazem só porque tem sucesso é uma escolha de grande risco e aumentará as suas hipóteses de falhar.

Quando criamos este blog, a minha intenção foi acrescentar algo novo ao mercado de desenvolvimentos de carreira, de forma a colmatar uma falha que existia neste ramo. Seria muito mais difícil para mim criar um jornal on-line generalista por exemplo, pois nesse ramo a concorrência é enorme e sem dúvida que não iria dar nada de novo ao leitor. Quando se cria um negócio é importante acrescentar algo de novo ao mercado, que faça prender a atenção das pessoas.

Dica: Quando pensar em criar o seu próprio negócio tente criar um produto ou serviço que ainda não exista. De nada lhe servirá entrar num negócio onde a concorrência é enorme. Quando Mark Zuckerberg criou o Facebook as redes sociais já eram uma realidade. No entanto ele criou um novo conceito de rede social, fugiu aos paradigmas já existentes e acabou por acrescentar valor as redes sociais, permitindo uma maior troca de informação e conhecimento entre os internautas. Ele reinventou o conceito de redes sociais!

2. Tentar vender às pessoas erradas

Será que a Nike tem como principal alvo as pessoas idosas? Ou a Mercedes coloca carros baratos no mercado para que todos possam ter um? A resposta a estas perguntas é claramente não. Quando se inicia um negócio o primeiro objectivo é que ele dê certo a nível financeiro. Devido a isso, tenta-se que o produto seja comprado por qualquer pessoa, deixando de lado muitas vezes a quem o seu produto/serviço possa interessar. Ao concentrar-se em todos os possíveis compradores está ao mesmo tempo a tentar agradar a todos sem conseguir agradar a ninguém.

É impossível que faça feliz homens, mulheres, crianças, idosos, estudantes, reformados, toda esta gente ao mesmo tempo, esqueça! Concentrar-se apenas num segmento de mercado é especializar-se, dar algo de novo a quem realmente quer o seu produto e tal como disse no ponto anterior, de nada vale abrir um negócio que não tem nada de novo a oferecer.

Dica: Especialize-se num nicho de mercado. No mundo de hoje jornais e televisões generalistas perdem audiência a cada dia que passa, enquanto os canais especializados por cabo e as revistas concentradas num só assunto conseguem cada mais rentabilidade. É importante manter a qualidade, pois no mercado só sobrevivem aos melhores. As pessoas são mais exigentes, querem produtos de grande qualidade.

Antes de iniciar o seu negócio faça um estudo de mercado, veja a que segmento o seu produto mais poderá ser útil, estude as características deles e melhore a partir daí. De nada lhe valerá ser mais um a vender do mesmo.

3. Investir demasiado dinheiro

Começar o seu próprio negócio por vezes significa investir largas quantias de dinheiro, pedindo um empréstimo ao banco ou usando as suas poupanças pessoais. Sabemos que temos aquela quantia inicial e que podemos tirar partido para dela para investir no nosso negócio. A verdade é que as vezes sentimo-nos tentados a gastar logo o capital, por vezes em coisas que pouca utilidade terá no nosso negócio. Antes de investir faça a si próprio as seguintes perguntas:

  • Será que o que estou a comprar é estritamente necessário?
  • Quais são os benefícios desta aquisição?
  • Como pretendo conseguir o retorno do investimento?
  • Quando devo conseguir recuperar o que investi?

Dica: Quando for utilizar o dinheiro saiba estritamente qual a sua utilidade. Realize um plano de negócios respondendo às quatro perguntas que estão em cima. Escreva-as num papel e reflicta sobre as respostas que conseguir. Quando se inicia um negócio todo o dinheiro utilizado é escasso e o mínimo desperdício poderá significar falta de capital num futuro a curto/médio prazo.

4. Investir pouco dinheiro

Se por um lado é mau não saber qual o objectivo do seu investimento, o pior será mesmo ter pouco recursos financeiros para utilizar. Nenhum negócio consegue sobreviver com uma quantia reduzida para investir. Aparecem sempre contratempos que poderão surpreende-lo e aí precisará de uma margem para poder gerir a situação. Se quiser construir um site ou blog, terá que ter um layout agradável, um servidor próprio, um computador que não prejudique o seu trabalho, etc. Caso contrário os leitores irão optar pela concorrência, deixando o pouco dinheiro que investiu sem a mínima hipótese de retorno.

O exemplo que dei necessita de um investimento de certa forma baixo, mas os mesmos princípios aplicam-se a uma oficina, escritório ou mercearia. Ter dinheiro para dar a melhor qualidade de serviço aos seus clientes é essencial, pois só assim poderá destacar-se da concorrência.

Dica: Pense se realmente será esse o momento exacto para investir. Por vezes, por mais vontade que tenhamos em construir algo nosso, começar cedo demais pode significar o fim do seu sonho de ter o seu próprio negócio. Espere mais um ano, aproveite para estudar um pouco mais sobre a área e juntar algum dinheiro, para que depois consiga entrar no mercado para triunfar.

Entrar numa área para pouco tempo depois desistir pode criar de si uma imagem de uma pessoa que não honra os compromissos ou que desiste do que começa com muita facilidade. Dessa forma, quando quiser entrar no mercado novamente, terá trabalho redobrado para conquistar a confiança dos clientes.

5. Você realmente ama o que vai fazer?

Entrar num negócio por contra própria implica dormir menos algumas horas durante alguns dias, por vezes ter menos férias do que a maioria das pessoas ou estar constantemente a par das últimas novidades. Nem sempre terá que ser assim, mas muitas vezes terá mesmo que ser assim! A única forma de não ver estas situações como um sacrifício é realmente amar aquilo que está a fazer.

Por vezes vejo as pessoas entrarem num negócio dizendo que “vou para isto porque realmente aquele meu colega ganha muito dinheiro nesta área” ou “este mercado está a crescer tenho que aproveitar a oportunidade”. É verdade que entrar num mercado porque conhece alguém que ganha muito dinheiro é tentador, pois a recompensa financeira parece disfarçar todos os sacrifícios que possam ser feitos. No entanto, esquecemos de nos questionar se realmente aquela pessoa consegue ganhar muito dinheiro porque realmente ama aquilo que faz ou porque é mesmo a melhor na sua área.

Dica: Para ter sucesso em qualquer que seja a área e estritamente necessário amar aquilo que faz. Ninguém consegue ser o melhor apenas porque tem que o ser. Antes de começar o seu próprio negócio reflicta se tem uma enorme paixão pelo que faz e se está disposta a sacrificar-se. Não interessa qual seja a sua paixão. Por vezes produtos que parecem não poder interessar a ninguém alcançam um sucesso extraordinário, apenas porque a pessoa que o criou realizou aquilo com uma dedicação inigualável.

Está preparado para trabalhar por conta própria?

É importante ter consciência que construir o seu próprio negócio pressupõe ultrapassar várias etapas, eliminar obstáculos e vencer onde todos os outros falharam. Com o artigo de hoje espero que o leitor tenha compreendido que trabalhar por conta própria significa seguir alguns princípios, que muitas vezes passam ao lado da maioria das pessoas. No entanto estamos aqui para ajudá-lo, de modo a conseguir vencer nesta nova etapa da sua vida. Será caso para perguntar: já tenho pensado em alguns destes cinco pontos?

Conto com os seus comentários.

Abraço e até à próxima

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