A crise já faz parte dos nossos dias e estará para ficar nos próximos anos, principalmente em Portugal. Mesmo no Brasil, não pense que este mau momento nunca poderá afetá-lo. Por dois motivos. Primeiro porque o mundo é global e todos dependemos uns dos outros. Em segundo lugar, porque não nos devemos esquecer que a história ensina-nos que quando temos um crescimento muito rápido e queda também é maior. Portanto, ninguém deve pensar que a crise nunca irá chegar ao seu negócio. Mas para estar prevenido, escrevo hoje um artigo com algumas atitudes que deve tomar para não permitir que o seu negócio entre em crise.

Apesar de poder tomar as melhores medidas possíveis, a verdade é que por vezes torna-se mesmo impossível fazer com que isso não aconteça. Contudo, se tiver bem preparado, o impacto com certeza será bastante menor. As crises servem para terminar com aqueles negócios que estão no limite e reforçar os que estão realmente bem. Por um lado, estes momentos podem ser até uma boa oportunidade para conseguir ganhar algum espaço no mercado, visto que a tendência será sempre de fecharem empresas. Mas para que isso não aconteça, aproveite já e leia quais são as oito coisas que deve fazer no seu negócio para não entrar em crise.

1. Trabalhe a longo prazo

O carpe diem é muito bonito, mas não ser para o seu negócio. Um projeto que viva apenas com o dia de hoje certamente não chegará ao amanhã. Pensar a longo prazo é uma das formas de melhor se precaver da crise. Faça planos de negócio para daqui a um, cinco ou dez anos. Poderá nem sequer conseguir concretizá-los (o que é bem provável porque o mundo muda muito rápido), mas pelo menos terá uma linha orientadora e isso é, por vezes, determinante para garantir a saúde do seu negócio. Todos os trabalhos que fiz em jornalismo com as empresas ensinaram-se isso. Logo nos primeiros contatos, conseguia ver se aquela empresa tinha futuro ou não.

Os grandes empresários conheciam bem o mercado, sabiam onde queriam estar dentro de alguns anos e tinham definido quando tempo queriam para recuperar o investimento. Os empreendimentos com vida curta tinha uma atitude de “deixar andar para ver no que dá” e não sabiam responder concretamente às questões do mercado. Tentar, pelo menos, saber para onde está a caminhar é uma das formas de manter o seu negócio vivo.

2. Esteja atento

Se os grandes economistas soubessem prever a crise, certamente teriam evitado muitas falências. Estes períodos são praticamente impossíveis de se imaginar que vão acontecer. Contudo, pode ler alguns sinais através do mercado. Ver que as vendas estão a diminuir ou que alguma matéria-prima está a tornar-se demasiado cara, podem ser presságios de que uma crise esteja próxima. Quando isso começar a acontecer, tome medidas e comece a precaver-se.

3. Tenha fortes poupanças

Tal como nas suas finanças pessoais, o seu controle financeiro não deve andar constantemente no limite. Você não deve trabalhar para pagar logo a seguir. Em todos os negócios deve existir uma poupança que permita aguentar durante alguns meses um volume de vendas mais baixos. Tente poupar todos os meses pelo menos 10% do seu volume de negócios. E veja esse dinheiro como algo sagrado, que só deverá ser movimentado em caso de vida ou de morte. Até porque, ao ser obrigado a conseguir ganhar mais dinheiro, irá sentir-se pressionado a trabalhar mais e melhor para alcançar melhores rendimentos.

4. Inove

A crise acaba com tudo o que já não serve para as pessoas. Se o seu negócio poder ser substituído por  algo mais inovador e com menos custos, isso acontecerá. Portanto, existe apenas uma palavra que o poderá salvar: inovação. Ao tentar inovar constantemente aquilo que faz, está a proteger o seu negócio de ser trocado por outra empresa que esteja mais actual. É importante estar na linha da frente e fazer com que o mercado siga os seus conceitos para não ser surpreendido pela crise.

5. Explore vários mercados

Outra boa forma de garantir que não irá ser demasiado pela crise é investir em outros mercados que estejam mais ou menos próximos do seu ramo de investimentos. Acontece como na bolsa de valores. Não convém apostar numa empresa só, porque se ela começa a ter maus resultados, todo o seu investimento vai à vida. Assim, se tiver várias, enquanto uma começa a perder fulgor pode ser que outras estejam a ganhar e compensem as suas perdas. Imagine que tem um negócio sobre criação de sites e que é especialista em páginas para empresas. O que aconselho é que se especialize, também, em sites desportivos por exemplo. Assim, se as empresas começarem a entrar em crise, com certeza o mercado desportivo poderá estar a manter-se em altas. Aposte em mais do que um cavalo, pode ser que um deles ganhe a corrida.

6. Não trabalhe só para um país

Apesar de à pouco ter dito que o mundo é global, por vezes as crises afetam mais uns países do que outros. Portugal e Brasil são bons exemplos disso. Uma empresa que comercialize para estes dois locais, neste momento com certeza perderá as vendas de um lado mas estará a ganhar do outro. Funciona mais ou menos com o ponto explica em cima. Apostar em mais do que uma coisa. Mas quando o fizer, escolha países que tenham algo em comum. Neste caso, a língua e a história jogam a nosso favor.

7. Pague a pronto

Quando tiver que pedir um produto ou um serviço, tente pagar logo tudo. Aquelas histórias de pagar tudo em várias vezes sem juros é muito bonita, mas é um mau princípio. Mesmo que pague o mesmo preço, o fato de poder fazer esses pagamentos de um modo mais “suave”, isso provoca-lhe uma ilusão de que tem muito dinheiro em caixa, quando na verdade não o tem. Trabalhe apenas com o orçamento que tem no momento, para evitar surpresas quando surgir uma crise. Assim, quando esse momento chegar, você estará um pouco mais descansado, pois não sentirá a pressão de pagar contas todos os meses, podendo gerir o seu orçamento de um modo mais racional.

8. Cresça só se estritamente necessário

Muitos freelancers gostam de se gabar que trabalham num escritório enorme, que têm várias pessoas a trabalharem para si e que investiram imenso em novas instalações. Bem, isso é tudo muito bonito, mas só deverá fazê-lo se realmente isso for estritamente necessário. Isso porque em momentos de crise isso representa rendas maiores e pagamentos a pessoal mais elevado. Antes de dar um passo destes, pense bem se o seu negócio não conseguiria viver sem isso. Por vezes, ser pequeno compensa.

Seu negócio está preparado para a crise?

Um freelancer prevenido vale por dois. Portanto, não pense que é imune à crise e que nada pode acontecer ao seu negócio. Tenha sempre um ‘plano B’ no caso de isso acontecer. E o leitor, está preparado para resistir a uma crise? O que tem feito nesse sentido?

Abraço

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